Crônicas de Rokugan - A Batalha da Floresta (parte II)

2 de fevereiro de 2012 0 comentários
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 "Publicado no blog World RPG Fest, no dia 11/05/2010"

“A sensação que pairava no ar era de morte iminente, mas aqueles 32 bravos samurais estavam felizes em aceita-la...”

A marcha do inimigo se aproxima cada vez mais, os tambores rufam incessantemente e as cornetas anunciam o banho de sangue que a lua testemunhará nesta noite.

Yuo já conseguia distinguir o inimigo e sabia quem seriam seus primeiros adversários.

- São os Nezumis senhores! Se preparem!

Todos aprontaram suas armas para a primeira onda de ataques. Todos estavam tensos e ansiosos para o confronto.

Os Nezumis eram como ratos gigantes, tinham, aproximadamente, 1,50 metros e eram dotados de muita vontade, resistência e inteligência. Mas eles temiam os samurais do Clã Caranguejo.

Quando estavam a poucos metros de distancia, os inimigos suspenderam sua corrida e ficam apenas observando o pequeno grupo de samurais, acuados e, aparentemente, indefesos.

Mas antes que algum rato das Terras das Sombras pudesse ter alguma reação, Hiroshi, junto com seu machado gigante, partiu para cima deles, surpreendendo a todos, e deu um urro tão estrondoso e horripilante que aqueles Nezumis que estavam à frente hesitaram e se tornaram as primeiras vitimas do gigante de Caranguejo.
A audácia e a coragem de Hiroshi incentivou e, ao mesmo tempo, obrigou a todos a abandonar suas posições e partir para a batalha frente aos, já assustados, Nezumis.

A cada movimento que, o então monstruoso, Hiroshi fazia com seu machado, vários Nezumis eram despedaçados e com uma voracidade incontrolável ele criou o caos entre aqueles pequeninos ratos, que de tanto medo começavam a debandar.

Yuo atacava e defendia com uma maestria que apenas ele tinha, unia a graciosidade de uma dança com os movimentos de sua espada, mostrando que não precisa ser bruto para ser eficiente. A sua velocidade e reflexo deixava Nezumis e os outros samurais que ali estavam perplexos, mostrando o motivo pelo qual é um dos Campeões de Rokugan.

Após uma longa batalha, Yuo conseguiu observar a magnitude do ataque sofrido e da vitória que eles acabaram de conquistar. Cerca de 400 corpos espalhados pelo chão, formando um tapete de sangue, iluminado pela belíssima lua que ali estava. Mas ele sabia que enquanto batalhavam com os pequeninos havia um exercito gigantesco do outro lado descansando e aguardando sua vez de atacar.

Felizmente, todos os 32 samurais ainda estavam ali, exaustos, com fome, sede e, agora, esperança, pois a primeira vitória ecoará sobre o inimigo, mas até quando eles poderão continuar lutando?

As arvores distantes começam a cair, passos pesados e lentos se aproximam. Agora era a hora dos gigantes Monstros do Inferno, bestas ferozes, advindas do submundo de Rokugan. Eles se aproximam atropelando tudo o que estiver no seu caminho e eles não seriam adversários como os Nezumis.

Um personagem se destaca no grupo nesse momento pela sua meditação, pois enquanto o chão tremia aos galopes dos seres do Inferno que a cada instante mais perto e ele extremamente concentrado, de olhos fechados, buscando paz interior e suas motivações para estar ali. Motivações que somente ele sabia quais eram.

Yasuke Benjiro lembrava-se de sua infância. Garoto órfão, foi adotado por um senhor gentil e acolhedor, que o mostrou e ensinou sobre a importância da concentração e da disciplina, criando um filho centrado e com valores familiares equilibrados. Seu pai era a maior motivação e, talvez, o que ainda lhe mantinha vivo, pois seu pai, mesmo com lagrimas nos olhos, deixou-o partir e estudar em uma das mais importantes escolas de samurais do clã, sabendo que um dia seu filho poderia não voltar mais. E isso o faz lutar e continuar firme no campo de batalha. Poder voltar e abraçar seu pai.

As arvores continuavam a cair, cada vez mais rapidamente. O estralar dos troncos e galhos era o que angustiava ainda mais aqueles homens. Eles sabiam que o fim poderia estar próximo e a morte rondava suas vidas...

Continua...

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