Texto do meu amigo Paulo Roberto do Em Paralello.
Terça-feira, mais um dia de trabalho se findara e meu objetivo como em todos os outros era de pegar o ônibus e descarregar todo o meu stress diário na academia. O grande problema é que Murphy olhou para mim e disse: “Não hoje meu pequeno padawan”. As 15:00hs da tarde começou a chover torrencialmente na cidade do Rio de Janeiro, meu pensamento inicial era: “Espero que no momento em que eu estiver de saída a chuva já tenha parado”. O relógio marcou exatamente 18:00hs, peguei minha mochila e a coloquei nas costas, após descer o elevador estanquei um suspiro de alívio pela chuva ter cessado, contudo mais uma vez Murphy olhou para mim e disse: “Você não irá sorrir por muito tempo”.
Como em todo horário de rush o trânsito no Rio e creio eu em todas as grandes metrópoles estava bem movimentado. Me dirigi ao ponto final do frescão (ônibus tipo de viagem com ar-condicionado para quem não conhece a expressão), o grande problema é que o mesmo se localiza em uma rua paralela a Rua Presidente Antonio Carlos. Para quem não conhece, essa rua se localiza entre o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, o Tribunal Regional do Trabalho e o prédio do Ministério da Fazenda, vocês podem imaginar o volume de pessoas e veículos que trafegam diariamente no local, agora imaginem no horário do rush.
Assim, chegando lá vizualizei a seguinte cena: Tudo parado! Não estou falando do trânsito congestionado, tudo estava completamente parado, nada andava. Para se ter uma idéia eu presenciei uma moto, a qual estava sendo guiada por uma mulher que precisou trafegar pela calçada, pois não existia nenhuma passagem (corredor) entre os carros e ônibus para que ela pudesse passar.
Driblando o congestionamento comecei a caminhar em direção o ponto de ônibus, foi então que Murphy começou a me sacanear. Para início de conversa eu comecei pisando em uma poça que aparentemente era rasa, mas para o meu azar ela era mais funda do que pensei, a merda da poça era profunda o bastante para encobrir o meu pé, resultado: xinguei até a quinta geração da poça e com a meia, sapato e a bainha da calça completamente molhados continuei me dirigindo ao ponto.
Quando finalmente eu consegui chegar ao meu destino e achando que agora eu iria entrar no ônibus e tirar um cochilo, me deparo com uma cena que me fez lembrar Joseph Climber e gritar um CA-RA-LHO!! A fila estava dando absurdamente 3 voltas no ponto, isso mesmo 3 malditas voltas. Abismado cheguei próximo ao despachante e perguntei: “Por que a fila está tão grande assim?” Eis que ele me respondeu: “O trânsito está muito ruim em virtude da chuva e os ônibus não estão conseguindo chegar, infelizmente você vai ter que esperar”. Não tinha jeito, tive que esperar, afinal de contas já dizia o velho ditado: “O que é um peido para quem já está todo cagado?” Me dirigi a fila que parecia mais a entrega de senha do INPS e ali permaneci esperando quietinho, com toda paciência do mundo, sem fazer mal a ninguém.
Após esperar 40 minutos o maldito do ônibus chega e para variar no momento em que ele vai encostar para que os passageiros pudessem subir, o mesmo passa com as rodas em cima de uma poça, não era uma poça comum, parecia uma poça do demônio, pois no momento em que as rodas passaram aquela água nojenta subiu como em Pierce Jackson e o ladrão de raios e me molhou e todos os outros passageiros do joelho para baixo. Após xingar todos os palavrões que aqui não poderiam ser pronunciados finalmente subi no ônibus e me sentei aliviado.
Você pode estar me perguntando: “Finalmente acabou?” E desde quando o sacana do Murphy quando resolve agir dá um refresco?! O trânsito ainda estava um caos, continuava sem andar e para o meu desespero eu levei mais 30 minutos só para sair do ponto, isso mesmo, após aguardar quarenta minutos para o ônibus chegar eu ainda fiquei mais meia hora esperando ele sair. Neste exato momento eu já estava começando a espirrar, pois metade da minha calça molhada e o ar condicionado em “clima de montanha” posto pelo animal do motorista totalmente sem noção já estava se tornado um belo atrativo para o resfriado que agora era eminente.
Resultado, após finalmente o ônibus ter saído do ponto eu levei mais duas horas para chegar em casa, espirrando, sem ir a academia. O que me restou foi chegar em casa tomar um banho bem tomado me entupir de vitamina C e a minha cama bem quentinha.
Até a próxima galera!
3 comentários:
Hahahahaha...quem nunca foi sacaneado assim pelo Murphy que atire a primeira pedra!
Nessas horas eu também lembro do querido Joseph Climber com seu grito CA-RA-LHO! =DD
Só um detalhe, o motorista do ônibus é muito filhodaputa, eh!? Passou de propósito da água só para molhar vocês no ponto e ainda ligou o Alasca lá dentro!
Joseph Climber é o apogeu do que Murphy pode fazer para sacanear alguém! Rsrsrsrs...
Hahaha Fiquei imaginando o Paulo falando "CA-RA-LHO!" e dei risada na hora! Realmente, Murphy não perdoa...
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